terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Motivo Indeterminado

O que dizer de você? Tive que parar e pensar bem pra poder começar esse depoimento. Seria complicado só dizer que você é especial sem fazer você entender o porque e o quanto. Mesmo difícil, resolvi começar falando da felicidade que você me faz sentir, mas seria mentira, se não completasse com as horas que você me deixa triste. Falaria então da pessoa melhor que me torno ao seu lado, mas mentiria novamente se não citasse a pessoa chata e grossa que sou com você de vez em quando e/ou de vez em sempre, rs. Talvez diria que você é lindo, fofo e um amor. Mas seria forçado demais, pois dificilmente digo isso pra você. Escreveria que te amo inúmeras vezes, mas você não leria uma por uma. Então deletei tudo e resolvi só dizer que você é especial em minha vida. Mas qual é o motivo? Indeterminado. Talvez tão grandioso que nem tenha motivo aparente.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Lembrança preta e branca

Olhando os retratos antigos, me peguei pensando em você. Talvez tivesse errado muito, mas preferi não admitir nada. Já era de se esperar. Você fez parte de minha vida por tanto tempo, mas simplesmente fugiu como quem foge da cela e só depois que compreendi que tratei você como prisioneiro. Não sei se foram as fotos ou a lembrança daquele tempo que me deixaram tão balançada. Disse a mim mesma que a culpa foi minha de não ter sido eu mesma dês do principio, porém nunca quis mudar o começo. Pensei em mudar o meio, mas jurei pra mim mesma que nossos momentos não poderiam ser diferentes. Queria que o final não tivesse sido como foi, mas também preferi não mudar nossa história. Enfim, não tinha mais motivos para me entregar ao passado, por um momento sorri falso, me faltaram forças diante da ficha que havia caído. Preferi esquecer novamente esse assunto sobre você e virei a página, porém me deparei com mais uma foto sua. Não havia mais no que pensar, não havia mais razões e nem mesmo tempo. O relógio já havia se virado contra mim e só agora percebi o mal que me fez. Achei melhor fechar o álbum e junto com ele deixei fechar minhas lembranças.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Adeus incógnitas!

Acordei e pensei em sair de casa, mas não quis levantar. O céu ainda estava escuro. Não quis levantar até que o sol invadisse o meu quarto, porém ele parecia não querer se mostrar. Talvez o dia não quisesse começar com tantas decepções, talvez estivesse pensativo, confuso e sozinho. Seria patético estar assim como eu. Fechei as cortinas, parei, pensei. Pensei como nos últimos dias perturbados, mais um de tantos que tive ultimamente. Todos os assuntos diferentes acabavam sempre no mesmo assunto e assim lembrava que vocês se foram. Todo esse tempo serviu para dividi-los em dois grupos. O primeiro grupo (maior) são os que foram e que não precisam jamais voltar e o segundo grupo se resumem nos poucos que foram e fazem falta. Consegui dizer exatamente quais foram importantes pra mim e quais só deram uma pequena passagem, sem acrescentar muitas coisas em minha vida. Pude descobrir quais eram verdadeiros e agradeci o '' adeus '' dos falsos. Já não tinha mais com o que me preocupar. O grupinho que sempre achei que era pequeno, se expandiu em qualidades. A quantidade de amor, respeito e carinho são muito melhores do que grande quantidade de pessoas que na verdade significam apenas incógnitas para você. Sorri feliz e por um momento achei que o dia também se aliviou. O sol invadiu o meu quarto.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Um final (nada) feliz

Quando você virou sapo e deixou de ser o príncipe, as coisas não funcionavam mais direito. Não ouvia mais aplausos e os risos pareciam querer apenas agradar. Faltava-me o ar. Não seria bom dizer minhas falas, pois já sabia qual eram as suas. Um amor não parecia ser tão doloroso antes de estar no palco olhando para você. Seus olhos mostravam tudo o que eu não queria ver, e fechei os meus para não enxergar. Tudo aconteceu depois que o beijo que era verdadeiro, se tornou apenas técnico e as felicidades de uma peça de teatro se tornaram um nada diante de tamanha cena de falso amor. Dizer que minha felicidade se resumia em você seria algo muito difícil de se falar, teria que ser profissional até demais e mesmo assim, ainda tomava coragem para conseguir. O texto nunca me lembrou realmente você. Tudo ali escrito parecia tão puro, sincero e infinitamente bonito, quando o que você me passava era tão irônico, mentiroso e somente ilusões. Quando dei por mim, não havia dito as falas e você me olhava com olhos aparentemente contrariados. Dessa vez percebi algo diferente em você. Pena que nunca pude descobrir o que realmente estava tentando me dizer. Diante de todos, as máscaras caíram. Bancos vazios, luzes apagadas, cortinas fechadas e um final (nada) feliz.